15 outubro 2008

Ecobags: Essa Moda Pega!




Hoje em dia estar antenado em sustentabilidade é estar na moda. As novas Sacolas Ecológicas, conhecidas no mundo inteiro como “Ecobags”, chegaram para trazer mais estilo e consciência para dentro dos supermercados. E nessa história, quem está faturando são as grifes de bolsas, inovando nos estilos e trabalhando com o conceito de reutilizar para a confecção, reduzir o consumo de sacolas plásticas, enfim adotarmos a postura de reciclar.
As antigas gerações usavam sacolas feitas de material plástico com alças reforçadas para ir a feira, eram bolsas reutilizáveis, e também as papel nos supermercados com alça resistente ao peso. As sacolas de feira ainda não seguiam os conceitos das ecológicas, porque uma de verdade é feita de material biodegradável. Mas agora prometem trazer o encanto para o cotidiano da mulher do novo milênio.
Umas das pioneiras na criação de sacolas ecologicamente corretas foi a design inglesa Anya Hindmarch. Ela criou um modelo com a frase "I'm not a plastic bag", em edição limitada (cerca de 500) , como uma bandeira em defesa do meio ambiente. A sacola é grande o suficiente para carregar o conteúdo de nove sacolas de plástico. Outras edições foram criadas e enviadas para o Japão, Itália, Canadá e Estados Unidos, que virou febre vendendo 20 mil unidades em minutos no centro de Nova York.
Na busca por recursos sustentáveis e renováveis, vemos grifes famosas do mundo inteiro criando novas versões. Utilizando sarja sem tintura, algodão orgânico, e já existem tecidos feitos de reciclagem de garrafas pet. Você pode encontrar Ecobags das mais sofisticadas até as mais corriqueiras. O que vale mesmo é a sua ação e intenção, além de avaliar a questão do seu bolso. A Surfrider Fundation lançou em parceria com a Billabong Girls australiana, na campanha Desing for Humanity, a Ecobag do surf com a cor do mar, por 5 dólares. A ONG SOS Mata Atlântica também aferiu a campanha produzindo sacolas denominadas: manifesto, terra, verão e céu. A rede de supermercados Pão de Açúcar comercializou mais de 90 mil sacolas retornáveis, nos primeiros seis meses desse ano, e vende por dia uma média de 500 bolsas ecológicas, custa R$3,99. Na Louis Vuitton foram vendidas mais de 30 bolsas por R$7.450, só em 2008.
Com a nova cultura de sustentabilidade, um dos maiores protagonistas dessa história, as redes de supermercados vão ter que se ajustar. Você vê essa preocupação? Em alguns países desenvolvidos, já temos medidas e campanhas para utilizar as Ecobags. Wall mart e a rede St. Marché também já disponibilizam sacolas retornáveis. Será que é o marketing de comunicação ajuda a transformar esse hábito? Para Walfrido Neto, 30, sócio-proprietário da Ecobag.com.br diz que a principal dificuldade do negócio é a falta de consciência ambiental da população brasileira. Já para José Goldemberg, 79, presidente do Conselho de Estudos Ambientais da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), a barreira vem dos supermercados que ainda não aderiram à idéia das bolsas sustentáveis. Precisamos encarar uma campanha para a população se conscientizar de trocar a sacola de plástico que armazena lixo por uma ecologicamente correta. Tome as rédeas do futuro que está em suas mãos, todos os dias. Você sabia que uma sacola de plástico pode levar até 200 anos para se decompor quando enterrada em uma espécie de “lixão”? Você sabia que uma família de quatro pessoas de classe média usa 1.000 sacolas por ano?
E podem surgir perguntas, como vou armazenar o lixo caseiro? As sacolas plásticas azuis ou pretas são as mais recomendáveis pois são mais resistentes. Porém elas têm custo, diferente das sacolinhas de mercado gratuitas e que ainda causam danos ambientais. O fato é poder armazenar mais lixo evitando usar várias ao longo do dia. Mas para tudo isso valer mesmo a pena devemos ainda selecionar o que jogamos fora.
Fique antenado, as Ecobags vão chegar a todo vapor em lojas de roupas e supermercados por aí. Um hábito que ficou automático até ligarmos as antenas. A questão é que as tendências da moda e de um ser humano moderno, também podem difundir práticas de preservar o meio ambiente e ativar a consciência, o despertar para uma Nova Era.

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