20 setembro 2008

8ª Mostra Internacional de Filmes de Montanha

Considerada uma grande confraternização de várias tribos dos esportes de montanha, o evento já é reconhecido no cenário cultural da cidade e conta com o prestígio de diretores, produtores, esportistas, fotógrafos, escritores e apreciadores da sétima arte. A 8ª Mostra Internacional de Filmes de Montanha acontece de 22 a 26 de outubro, no Cine Odeon BR, Rio de Janeiro. Este ano, a Mostra Internacional de Filmes de Montanha abre espaço para sessões gratuitas, oferecidas a jovens da rede pública, escoteiros e bandeirantes, oficinas de fotografia e cinema, e palestras com esportistas consagrados. Exposição de fotografia e lançamento de um livro.
A Mostra Competitiva foi criada em 2004 para fomentar a produção de filmes nacionais que espera 40 filmes inscritos neste ano. Nesta 8ªedição os prêmios vão para: o Melhor Filme, eleito pelo público (filme mais votado), Melhor Diretor, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora, eleitos pelo júri oficial. O festival nasceu do Banff Mountain Film Festival, o melhor no mundo cinematográfico dos esportes de montanha. São filmes de esportistas consagrados que aventuram-se também na arte do cinema, ou grandes produtoras buscando o melhor ângulo de esportes como base jump, parapente, escalada, caiaque, mountain bike, entre outros.

Banff Mountain Film Festival World Tour
Realizado pela primeira vez em 1976, em apenas uma noite de projeções, o festival cresce e ganha renome internacional. Atualmente dura uma semana de competição de filmes com os melhores montanhistas do mundo. E após o Banff, uma seleção dos melhores percorre mais de 80 cidades em 28 países. É o The Best of the Banff Mountain Film Festival World Tour, que passa por Estados Unidos, Islândia, Austrália, Argentina, México, Índia, Nova Zelândia , África do Sul e no continente europeu.

Mostra Latino - Americana
No ano 2000 a América Latina passou a integrar o circuito da Banff. Primeiro o Chile, seguido por Brasil e Argentina, hoje já são sete países latinos no tour mundial: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México e Venezuela. Com o incentivo do Banff Centre os produtores destes festivais latinos formaram um grupo de trabalho para a troca de experiências em produções. Este intercâmbio amplia as oportunidades de divulgação dos trabalhos de produtores profissionais e amadores brasileiros, além de enriquecer a Mostra Internacional de Filmes de Montanha.

The Banff Centre - www.banffcentre.com
Considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO. The Banff Centre é a única escola de nível superior da América do Norte dedicada às artes, à cultura das montanhas e ao desenvolvimento de liderança. O centro fica localizado dentro do Parque Nacional de Banff, na Província de Alberta, Canadá.

15 setembro 2008

Stand Up Surfing a nova onda do Hawaii


As brasileiras Andrea Moler e Maria Souza ganharam o título mundial no Molokai Race 2008. A prova exige que o atleta reme em pé um trajeto de 52 milhas, de 5 a 8 horas, no canal de Kaiwi, que divide as ilhas de Molokai e Oahu, no Hawaii. A cada 10 Km, a dupla se reveza até completar o percurso. O stand Up é uma modalidade de surf praticada em pé com o uso de remos. O equipamento se resume a uma prancha com boa flutuabilidade e um remo, esta modalidade de surf está começando a se difundir no Brasil e já conta com diversos adeptos. O esporte sem dúvida é muito saudável pois trabalha todos os músculos do corpo e o equilíbrio. Antigamente os havaianos já utilizavam o stand up, deitados sobre as pranchas eles remavam para se locomoverem de uma ilha à outra. Depois de algumas adaptações realizadas passou a ser utilizado como lazer e esporte. Bruno Lemos esteve no evento e conta como a sua experiência: O que essas duas garotas estão fazendo é realmente o que poderíamos considerar como algo realmente "extreme". Atravessar o canal de Molokai não é para qualquer um não, e principalmente em pé em cima de uma prancha, coisa de louco! Para quem não sabe foi exatamente nesse canal que Eddie Aikau* desapareceu. Sem dúvidas o Kaiwi Channel não é brincadeira e esse travessia que há alguns anos é patrocinada pela quiksilver é considerada como Campeonato Mundial de Remada. No inicio, apenas o pessoal que rema deitado fazia a travessia mas depois que o stand up reapareceu no Hawaii. Alguns bem aventurados tiveram a ousadia de desafiar essas 52 milhas de águas agitadas. Entre os pioneiros dessa façanha, apenas alguns dos Water Mans mais casca grossa do mundo: Brian Keaulana e Archy Kalepa. Desde o início, Andréa Moler e Maria Souza estavam lá com esses caras. As brasileiras da Ilha de Maui, são bem conhecidas e respeitadas nesse meio. Elas são verdadeiras Water Womans e provaram isso mais uma vez esse ano ao chegarem disparado na frente da categoria feminino. Garantindo o título mundial desse ano da Molkai Race e conseguiram ficar com a sétima colocação geral no stand up entre quase 40 times que competiram esse ano. "Sem dúvidas esse foi o ano que mais teve times de stand up, lembro que a primeira vez que fizemos eram apenas 3 times. Fico feliz de ver que várias meninas também se escreveram, pois sempre competimos contra os homes", desabafa Maria de Souza depois da prova desse ano. As duas moram em Maui e são mães de famílias. Segundo Andréa Moler não foi fácil conseguir tempo para se manter em forma "apesar da nossa rotina diária, trabalho, casa, marido e filhos, nós conseguimos treinar para essa prova. Seria muito imprudente participar dessa competição sem treinar”. Para mim, que acompanhei de perto a performance das duas, posso falar com segurança que fiquei impressionado com a técnica e com o preparo das duas. No meio de um oceano muito agitado com ondas vindo de todos os lados e muito vento, não vi a Andréa cair nenhuma vez da prancha. Já a Maria escorregou apenas 2 vezes "acho que foi porque um pouco do protetor solar caiu no deck da prancha e ficou meio escorregadio", comentou Maria. Mas mesmo assim elas remaram muito bem. Andréa foi quem iniciou a corrida em Molokai e a primeira troca acontesceu 30 mim depois da largada, depois disso elas trocavam a cada 15 mim. Um barco de apoio ia ao lado com um gps trasando a linha e orientando as meninas, enquanto uma remava a outra descansa no barco. "A manha é você conseguir surfar o maior número de "bumps" possíveis" explica Andrea. "Isso porque quanto mais ondas você surfar menos força você estará fazendo e mais rápido você chega do outro lado". E foi exatamente essa estratégia que funcionou para elas. As duas surfaram sem parar e depois de 6 hs e 30mim Maria estava chegando na praia de Anahina em Oahu. Onde houve uma grade fesa para a entrega de prêmios. Muita gente bonita se alegrava ao som de Mel Pu'u e sua banda sem dúvidas um evento que celebra e promove a cultura havaiana”.

*Surfista de ondas grandes, tornou-se um dos primeiros salva-vidas do North Shore. Em março de 78: “Eddie Aikau integrou a tripulação do catamarã Hokulea, em sua segunda expedição rumo ao Tahiti. Refazendo as antigas rotas de navegação dos polinésios, o Hokulea viajava sem instrumentos de navegação e demais recursos tecnológicos, guiado somente pelas estrelas, como os antepassados.
O Hokulea partiu no dia 16 de março e, por uma série de coincidências infelizes, adernou durante a madrugada entre as ilhas de Lanai e Molokai. Seus tripulantes ficaram quase 24 horas agarrados ao casco do barco, empurrados por ondas de 15 pés e ventos de 35 mph em direção ao oceano, sem ter como pedir ajuda. Às 10h30 do dia 17, quando as esperanças de resgate diminuíam à medida que o barco se afastava da rota dos aviões comerciais, Eddie partiu com sua prancha em busca de ajuda na Ilha de Lanai, cerca de 20 milhas de distância. Os náufragos foram avistados por um avião de turistas japoneses ao entardecer, e resgatados de helicóptero uma hora depois. As buscas por Eddie duraram quatro dias, mas corpo e prancha jamais foram encontrados”. Trecho do livro Eddie would go - The story of Eddie Aikau, hawaiian hero and pioneer of bigwave surfing, de Stuart Holmes Coleman.

Maior feira de esportes e turismo da América Latina espera 60 mil visitantes

O Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo receberá, nos dias 4 a 7 de setembro, a Adventure Sports Fair. Rodada de negócios, seminário do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Surf, Summit de turismo ambiental, são algumas das atrações para este ano.

A feira é palco para os mais importantes eventos e acontecimentos no segmento de aventura e apresentará atrações para todos os gostos e idades. Turismo, equipamentos, ações de sustentabilidade e áreas interativas despertarão a atenção dos visitantes. Uma área especial para crianças, vela, mergulho, caiaque, pista de esqui, caminhadas sobre o gelo da Patagônia, parede de escalada entre outros. Expositores de grandes marcas nacionais e internacionais marcarão presença mostrando seus lançamentos em equipamentos e vestuário. “As grifes que produzem esse tipo de vestuário já não estão voltadas mais apenas para quem efetivamente pratica esportes de aventura, mas também, para quem gosta do estilo descontraído e, ao mesmo tempo, do glamour das roupas inspiradas nesse tipo de esporte”, afirma Sérgio Franco diretor da Adventure.

A Ecopousada terá aproximadamente 75m² e será construída com bambu, madeira certificada, reflorestada ou reaproveitada, fibras vegetais (sapé, junco, taboa) e tintas naturais. Segundo o diretor, a Adventure Sports Fair é pioneira na aplicação do conceito de sustentabilidade em feiras. Essa preocupação existe desde o projeto arquitetônico, produtos, equipamentos, ambientação e a realização gestão ambiental dos resíduos gerados, entre outros aspectos. Com o objetivo de proporcionar interação e real contato com práticas de sustentabilidade, a feira monta um quiosque com café orgânico. O espaço será construído com materiais reciclados e recicláveis como aramados, garrafas PET, placas de aparas de tubos de pasta de dentes, entre outros, e proporcionará a degustação de produtos orgânicos, naturais e artesanais.

Na edição 2007, foram 299 expositores e R$93 milhões em negócios. Foi o primeiro ano que o surf ganhou um espaço exclusivo no evento graças ao inegável apelo aventureiro que o esporte possui. A expectativa de negócios para este ano é de R$95 milhões. O setor dedicado ao surf receberá esportistas renomados, marcas e produtor de grande expressão, lojistas, além de milhares de aficionados pelo esporte. O Shaper Marcelo José Quadrini estará presente no evento e mostrará as novas técnicas utilizadas na fabricação de pranchas, um novo sistema de rabetas, customização e tratamento de pranchas antigas para serem reutilizadas e muito mais.

Billabong Pro Rio 2008





04 setembro 2008

Rip Curl Pro Mademoiselle 2008

Depois de cinco meses sem etapas do WCT, as surfistas voltam com gás total para mais seis eventos até o final da temporada. A terceira etapa Rip Curl Pro Mademoiselle foi realizada nos dois primeiros dias da janela, entre 28 e 1 de setembro, aproveitando as boas ondas em torno de 1 metro em Les Bourdaines, Hossegor França. A peruana Sofia Mulanovich, líder do ranking, foi barrada logo na terceira fase pela francesa Lee Ann Curren, filha do tricampeão mundial Tom Curren, que seguiu até as semis sendo derrotada pela experiente Layne Beachley.
As brasileiras avançaram bem na classificação geral mas foram barradas nas disputas pela mesma surfista, a novata com sede de vitórias australiana Shephanie Gilmore. Silvana Lima começou bem indo direto para a 3.a fase, em seguida venceu a havaina Melanie Bartels 7,50 x 17,50 pontos no somatório de 20 possíveis. Nas quartas, derrotou a australiana Samantha Cornish 13,17 x 14,20 e conseguiu a melhor nota do dia 9,70. E nas semi-finais Sil foi arrasada pela australiana Gilmore com 13,30 x 2,20, ficando em combinação de notas. Silvana fez pódio finalizando em 3.o lugar e agora sobe da 11.a posição para a 6.a no ranking. A catarinense Jacqueline Silva também ingressou no grupo das dez primeiras colocadas, parou nas quartas com o placar de 5.77 x 18,40 de Gilmore, encerrando na 5.a posição em Hossegor, faturou 4.500 dólares, e agora divide o oitavo lugar no ranking com a australiana Rebecca Woods.
A decisão do título reuniu duas campeãs, a veterana Layne Beachley x Shephanie Gilmore, que conseguiu as duas melhores ondas da bateria 8,83 e 7,83 somando 16,66 x 11 pts da heptacampeã mundial. Gilmore levou 12.000 dólares de premiação assumindo a liderança do ranking 2008. “Estou muito feliz por ter conseguido essa segunda vitória consecutiva. Este é só meu segundo ano no WCT e já estou defendendo o título, então tudo é novo para mim e esta conquista me deu mais confiança para os próximos eventos”.

RANKING WCT FEMININO – 3 etapas:
01: Stephanie Gilmore (AUS) – 2.760 pontos
02: Sofia Mulanovich (PER) – 2.532
03: Layne Beachley (AUS) – 2.280
04: Samantha Cornish (AUS) – 2.076
05: Amee Donohoe (AUS) – 2.064
06: Silvana Lima (BRA) – 1.476
07: Jessi Miley-Dyer (AUS) – 1.284
08: Rebecca Woods (AUS) – 1.272
08: Jacqueline Silva (BRA) – 1.272
10: Megan Abubo (HAV) – 1.092
10: Julia De La Rosa (EUA) – 1.092
12: Rosanne Hodge (AFR) – 1.080
12: Nicola Atherton (AUS) – 1.080
14: Melanie Bartels (HAV) – 912
14: Claire Bevilacqua (AUS) – 912
16: Melanie Redman-Carr (AUS) – 900
16: Karina Petroni (EUA) – 900