02 junho 2007

Expedição Gaia Surf Tour Teahupoo - 1

A jornalista e vídeo maker Isabelle Nara começou a expedição Gaia Surf Tour no Tahiti. Ela relata como foi produzir vídeo em Teahupoo, numa das ondas mais perfeitas do mundo. 

Quando se tem um sonho o mais importante é não desistir e superar cada obstáculo em busca da realização. É no Tahiti que começo a minha primeira produção internacional de vídeos com uma expedição que vai durar um ano por países da Oceânia.Para chegar no paraíso tem que ter disposição, foram 27 horas de São Paulo até Pappete, capital do Tahiti, com uma conexão em Santiago do Chile e uma parada de 40 min na Ilha de Pascoa. A minha viagem começou dia 22 de abril as 9:45 da manhã em SP e cheguei no Tahiti 4 da manhã, hora local, no dia 23,  com um fuso horário de 7 horas a menos que o Brasil.

Quando o avião aterrissou o coração bateu forte e ao mesmo tempo senti uma certa tranqüilidade, uma Paz de Espírito por conseguir realizar este ideal. Logo no desembarque do aeroporto tinha um trio de Tahitianos cantando boas vindas, um som muito diferente e alto-astral. O surfista de SP Rodrigo Coxinha foi me buscar e levamos mais 1 hora de carro até Vairao, onde fiquei a 1˚semana. Nem consegui dormir pois Coxinha e seus amigos foram surfar bem cedo e já me botaram no esquema do barquinho e no jet sky para filmar as ondas de Vairao, em 2 spots com esquerdas de 3 a 5 pés, foi muito emocionante a 1˚ vez que filmei as ondas num canal de surf.

No dia seguinte já fui para Teahupoo, tinha começado o Trials do Billabong pro Tahiti, um evento classificatório para quem quer tentar uma vaga no WCT. A vila de Teahupoo tem uns 6 Kms beirando o mar, é onde termina a pista que vem desde Pappete, A ilha do Tahiti consiste em duas porções quase circulares com o centro de montanhas vulcânicas. Tem o comprimento de 85 km nos pontos mais distantes  e cerca de 1036 km².  Tahiti Nui ou grande Tahiti é denominada a parte nordeste e a sudeste é o Tahiti Iti (pequeno Taiti) ou Taiarapu. As ilhas são conectadas por um isthmus chamado de Taravao, uma pequena cidade. A parte Tahiti Nui é bem populosa principalmente perto de Pappete, Uma rápida passada que fiz pela capital vi macdonald’s, surf shops exclusivas, varias lojas de carros e os únicos sinaleiros da ilha. Uma boa infra-estrutura! O surpreendente foi ver uma favela e até congestionamento. Já o Tahiti Iti ainda é meio isolado e onde apresenta as melhores ondas. As vilas do lado direito da ilha são denominadas: Toahuto, Vairao e Teahupoo. A estradinha percorre toda a orla e quando as ondas estão boas da pra ver legal. Tem uns mercadinhos, muitas casas na beira da costa, algumas praias particulares, e alguns condomínios com casas enormes subindo as montanhas. Para pegar onda no Tahiti o ideal é ter um barco ou contratar um táxi boat pois as ondas ficam longe da beira. Em Vairao é quase 1 km de distancia, ou 45 min de remada, e em Teahupoo são 400m ou 15 min de remada. 

Deixamos o carro no final da estradinha. Ai atravessei a ponte em direção ao “point”, como a galera chama o lugar que fica em frente a onda de Teahupoo, e toda a organização do WCT. Esse caminho é bem astral com algumas casas, barcos na encosta, dois pequenos rios com várias flores de lótus, inacreditável a perfeição dos conjunto, montanhas, rios, flores e ainda ondas perfeitas e um sol de rachar! Cheguei no point, me cadastrei como jornalista, e já de cara consegui o barco de mídia para filmar. Lá fomos eu e minha câmera começar a produção nas esquerdas tubulares do Tahiti, nesse 1˚ dia tinha uns 4 a 6 pés bonitos. Eu nem acreditava tudo tão perfeito...sol, ondas e muitas novidades! Fazia uns dois anos que sonhava em fazer imagens nessa onda tão surpreendente e poderosa. As montanhas que ficam de frente para o pico são maravilhosas e me conquistaram de cara!  Filmei 4 dias de Teahupoo durante o trials.

Reportagem publicada na revista Fluir Girls julho de 2007

Por Isabelle Nara


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